O sequestro de DLL, também conhecido como "plantio de binário", é uma técnica de ataque cibernético que tira proveito do processo de busca e carregamento de bibliotecas de vínculo dinâmico (DLLs) do Windows. Nesse ataque, um agente malicioso coloca estrategicamente um arquivo DLL falso, muitas vezes disfarçado de arquivo legítimo, em um local onde o sistema operacional irá priorizá-lo em detrimento da DLL genuína. Consequentemente, quando o sistema tenta carregar a DLL, ele acidentalmente executa o código não autorizado implantado pelo atacante.
O processo de sequestro de DLL normalmente envolve as seguintes etapas:
Identificação de Aplicações Vulneráveis: Os atacantes realizam reconhecimento para identificar aplicações que não especificam o caminho completo para as DLLs necessárias. Essas aplicações dependem da ordem de busca do sistema para localizar e carregar as DLLs necessárias.
Colocação de DLLs Maliciosas: Uma vez que uma aplicação vulnerável é identificada, o atacante coloca uma DLL maliciosa com o mesmo nome da DLL legítima em um local favorecido pela ordem de busca do sistema. Locais comuns incluem o diretório da aplicação, diretórios do sistema Windows ou o diretório de trabalho atual.
Disparar a Execução: Quando a aplicação vulnerável é iniciada, o sistema operacional inicia a busca e o carregamento das DLLs seguindo a ordem de busca. Infelizmente, devido à colocação da DLL maliciosa, o sistema carrega e executa inadvertidamente o código do atacante em vez da DLL legítima pretendida.
Esse método de ataque pode ser utilizado por agentes de ameaça para executar código arbitrário dentro do contexto da aplicação alvo, contornando medidas de segurança e potencialmente comprometendo a integridade e confidencialidade do sistema.
Para mitigar o risco de ataques de sequestro de DLL, considere as seguintes medidas de prevenção:
Especificação de Caminho Completo: Desenvolvedores devem especificar explicitamente o caminho completo para a DLL a ser carregada, em vez de depender da ordem de busca do sistema. Ao fornecer o caminho completo, os desenvolvedores garantem que a DLL pretendida seja carregada, eliminando a possibilidade de um atacante redirecionar o sistema para uma DLL maliciosa.
Assinatura de Código: Implementar práticas de assinatura de código melhora a integridade e autenticidade das DLLs carregadas por aplicações. A assinatura de código envolve assinar digitalmente DLLs com uma autoridade certificadora (CA) confiável, permitindo que o sistema verifique a integridade e a origem da DLL antes de carregá-la. Essa prática ajuda a prevenir a execução de DLLs adulteradas ou maliciosas.
Permissões de Usuário: Limitar permissões de usuários desempenha um papel crucial na prevenção de usuários não autorizados de manipular DLLs ou colocá-las em locais suscetíveis a sequestro. Ao impor controles de acesso adequados, as organizações podem reduzir o risco de ataques de sequestro de DLLs.
Desabilitar Carregamento Automático: Desabilitar o recurso de busca e carregamento automático de DLLs pode ser uma defesa eficaz contra o sequestro de DLL. Isto pode ser alcançado removendo o diretório de trabalho atual do caminho de busca do sistema. Ao fazer isso, o sistema só carregará DLLs explicitamente especificadas com o caminho completo, minimizando o risco de execução de DLLs não intencionais.
É importante que as organizações priorizem a segurança de suas aplicações e sistemas contra o sequestro de DLL e implementem essas medidas preventivas para mitigar os riscos potenciais.
Termos Relacionados
Injeção de DLL: Injeção de DLL é o ato de forçar um processo a carregar uma biblioteca de vínculo dinâmico (DLL). Essa técnica pode ser empregada para fins legítimos, como estender funcionalidades, mas também pode servir como método de ataque cibernético.
Rootkit: Um rootkit é um tipo de software malicioso projetado para obter acesso não autorizado e controle sobre um sistema de computador enquanto evita a detecção. Rootkits operam com privilégios elevados, permitindo-lhes ocultar sua presença e fornecer uma plataforma encoberta para que atacantes comprometam sistemas ou coletem informações sensíveis.