O roteamento na internet refere-se ao processo de direcionamento de pacotes de dados entre redes para alcançar seus destinos pretendidos. Envolve a determinação do caminho mais eficiente para os dados viajarem da origem ao destino através de várias redes interconectadas.
O roteamento na internet é um processo complexo e dinâmico que depende de protocolos de roteamento, tabelas de roteamento, encaminhamento de pacotes e interconexão entre roteadores. Aqui está uma análise de como funciona o roteamento na internet:
Protocolos de Roteamento: Para trocar informações de roteamento e determinar o melhor caminho para os pacotes de dados, as redes usam protocolos de roteamento como o Border Gateway Protocol (BGP), Open Shortest Path First (OSPF) e Routing Information Protocol (RIP). Esses protocolos permitem que os roteadores se comuniquem e troquem informações sobre destinos de rede e as rotas preferidas para alcançá-los.
Tabelas de Roteamento: Os roteadores mantêm tabelas de roteamento que contêm informações sobre endereços de rede e os melhores caminhos para alcançá-los. A tabela de roteamento de cada roteador é continuamente atualizada usando informações recebidas de roteadores vizinhos. Quando um roteador recebe um pacote de dados, ele consulta sua tabela de roteamento para determinar o próximo salto para o pacote, que é o próximo roteador no caminho em direção ao destino.
Encaminhamento de Pacotes: Uma vez determinado o melhor caminho, os roteadores encaminham os pacotes de dados com base nas informações em suas tabelas de roteamento. Cada roteador decide independentemente para onde encaminhar o pacote a seguir, levando em consideração a tabela de roteamento, congestionamento de rede e outros fatores. Esse processo garante que o pacote se mova mais perto de seu destino de maneira eficiente.
Interconexão: Os pacotes de dados viajam através de vários roteadores, cada um encaminhando o pacote mais perto de seu destino até que ele alcance a rede pretendida. Os roteadores são interconectados por meio de links físicos ou conexões virtuais, formando uma infraestrutura de rede complexa que abrange o mundo todo.
Para garantir a segurança e confiabilidade do roteamento na internet, várias medidas preventivas podem ser implementadas:
Filtragem de Rotas: Implementar filtros para evitar a propagação de informações de roteamento incorretas. Usando listas de controle de acesso (ACLs) ou filtros de prefixo, os operadores de rede podem controlar quais rotas são aceitas e propagadas, impedindo que anúncios de roteamento não autorizados ou maliciosos se espalhem pela rede.
Segurança do BGP: O Border Gateway Protocol (BGP) é suscetível a várias ameaças de segurança, incluindo sequestro de rotas e falsificação. Utilizar técnicas criptográficas, como o BGPsec, pode ajudar a proteger as comunicações BGP, garantindo a autenticidade e integridade das informações de roteamento.
Validação de Rotas: A Infraestrutura de Chave Pública de Recursos (RPKI) é um mecanismo usado para validar a origem dos anúncios de roteamento. Ao assinar criptograficamente anúncios de roteamento, os operadores de rede podem garantir que apenas rotas autorizadas sejam aceitas, impedindo a aceitação de rotas não autorizadas e reduzindo o risco de sequestro de rotas.
Monitoramento e Alerta: O monitoramento regular dos anúncios de roteamento é crucial para detectar e responder a quaisquer alterações ou anomalias não autorizadas. Os operadores de rede podem usar ferramentas como Border Gateway Protocol Monitoring (BMP) e Routing Policy Specification Language (RPSL) para rastrear e analisar atualizações BGP e rapidamente identificar qualquer comportamento suspeito de roteamento.
Segmentação de Rede:Segregar redes internas e implementar técnicas de segmentação de rede como firewalls, políticas de controle de acesso e redes privadas virtuais (VPNs) ajudam a proteger os roteadores e a infraestrutura de roteamento de acessos não autorizados. A segmentação de rede também mitiga o impacto de qualquer violação de rede, contendo-a dentro de segmentos de rede menores.
Roteamento Anycast: Anycast é uma técnica de roteamento que permite que vários servidores ou roteadores compartilhem o mesmo endereço IP. Quando um cliente envia uma solicitação para o endereço IP anycast, a infraestrutura de roteamento determina o servidor ou roteador mais próximo com base na topologia da rede e encaminha a solicitação para essa localização. Anycast é comumente usado para redes de entrega de conteúdo (CDNs) para melhorar o desempenho e a disponibilidade. Por exemplo, uma CDN pode usar anycast para encaminhar solicitações de usuários para o servidor mais próximo para uma entrega de conteúdo mais rápida.
Multihoming: O multihoming é a prática de conectar uma rede a vários ISPs (Internet Service Providers) para fins de redundância e balanceamento de carga. Em redes multihomed, protocolos de roteamento são usados para determinar o melhor caminho para o tráfego de saída com base em fatores como desempenho e custo da rede. Isso permite que os operadores de rede distribuam o tráfego entre várias conexões, melhorem a resiliência e proporcionem melhor conectividade às suas redes.
Roteamento por Segmento: O Roteamento por Segmento (SR) é um paradigma emergente de roteamento que permite que os operadores de rede especifiquem caminhos explícitos para os pacotes seguirem pela rede usando identificadores de segmentos (SIDs). Com o SR, os operadores de rede podem definir segmentos lógicos dentro da rede e rotear o tráfego através desses segmentos, proporcionando mais controle e flexibilidade na engenharia de tráfego e na otimização da rede. O Roteamento por Segmento tem ganhado atenção como uma solução potencial para roteamento escalável e flexível em redes modernas.
Iniciativas de Segurança no Roteamento: Tem havido um foco crescente em melhorar a segurança do roteamento na internet através de várias iniciativas. As Normas Mutualizadas para Segurança de Roteamento (MANRS) são uma iniciativa global que incentiva os operadores de rede a adotarem melhores práticas para reduzir ameaças comuns de segurança de roteamento. MANRS foca em quatro áreas: prevenção de sequestro de rotas, prevenção de vazamentos de rotas, facilitação da validação precisa da origem das rotas através do RPKI, e encorajamento da coordenação e colaboração global entre operadores de rede.
Explorando esses desenvolvimentos e participando de iniciativas de segurança de roteamento, os operadores de rede podem se manter atualizados com os últimos avanços no roteamento da internet e contribuir para melhorar a segurança e a confiabilidade da infraestrutura de roteamento da internet.